quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

dentro do meu coração
como um pássaro que não se cala
entre as árvores, casas e postes
mora um desassossego tão íntimo que,
com música alguma, se acalma.
já tentei das francesas, dos chicos,
dos betos e das marisas.
já tentei os setentas, os borges.
já tentei, ingenuamente, o som da chuva
que há dias virou trilha sonora das ruas.
já tentei a vida.
mas desconfio que a cura
seja o ritmo secreto do tambor natural
com suas veias e seu líquido
na explosão vermelha e ferro
do peito quente, ardente
na manhã fria.

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